sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Venceslau Brás Pereira Gomes – 9º Presidente da República


Nasceu em São Caetano da Vargem Grande, Minas |Gerais, em 26 de fevereiro de 1868 e faleceu em Itajubá, Minas Gerais, em 15 de maio de 1966. Foi um advogado e político brasileiropresidente do Brasil entre 1914 e 1918, com um pequeno afastamento de um mês em 1917 por motivo de doença. Seu vice-presidente foi Urbano Santos da Costa Araújo.
Formação e Carreira política
Era filho de Francisco Brás Pereira Gomes e de Isabel Pereira dos Santos. Nascido na então São Caetano da Vargem Grande, hoje Brasópolis. Seu pai era o chefe político da cidade, a qual leva seu sobrenome.
Venceslau Brás estudou no tradicional Colégio Diocesano de São Paulo nos anos de 1881 a 1884 e obteve o diploma de bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1890. De volta a Minas Gerais, foi advogado e promotor público em Monte Santo de Minas e foi prefeito da cidade destacando-se na sua administração por ter introduzido o sistema de abastecimento de água na cidade. Presidiu a Câmara Municipal de Jacuí, e a seguir foi deputado estadual.
Entre 1898 e 1902 foi secretário do Interior, Justiça e Segurança Pública do Estado. Elegeu-se então deputado federal, (chegando a líder da bancada mineira na Câmara dos Deputados), em 1903. Em 1909 assume a Presidência de Minas Gerais onde fica até se candidatar à vice-presidência da república. Foi eleito vice-presidente em 1 de março de 1910, obtendo 406.012 votos, derrotando o candidato da Campanha Civilista, Albuquerque Lins, que teve 219.106 votos.
Presidente da República
Em 1 de março de 1910, Venceslau Brás é eleito vice-presidente da república, tendo Hermes da Fonseca sido eleito presidente, derrotando Rui Barbosa, que estava sem apoio, ele conquistou o cargo através da política do café com leite, após os estados de São Paulo e Minas Gerais se reconciliarem com o Tratado de Ouro Fino. Em 1913, seu nome foi proposto como medida reconciliatória entre Minas GeraisSão Paulo e os outros estados, como candidato à sucessão de Hermes. Minas Gerais havia vetado a candidatura de Pinheiro Machado que era apoiado por Hermes da Fonseca, e Rodrigues Alves, que, na época, governava São Paulo, vetara a candidatura Rui Barbosa.
Venceslau Brás foi eleito presidente em 1 de março de 1914, obtendo 532.107 votos contra 47.782 votos dados a Rui Barbosa.
Logo de início teve de combater a Guerra do Contestado (crise herdada do governo anterior) e, após debelar a revolta, mediou a disputa de terras entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, tendo sido um dos fatores a dar origem ao conflito. Venceslau Brás definiu em 1916 os atuais limites entre Paraná e Santa Catarina. Em 20 de outubro de 1916, os governadores dos dois estados, assinaram, no Palácio do Catete, um acordo que fixava as divisas entre aqueles estados, o qual foi aprovado pelo Congresso Nacional, e publicado pelo decreto 3.304 de 3 de agosto de 1917.
Crises e a Grande Guerra na Europa
Enfrentou também diversas manifestações militares, entre elas a Revolta dos Sargentos (1915), que envolvia suboficiais e sargentos.
Venceslau definiu seu governo como o "Governo da pacificação dos espíritos", que buscou o entendimento nacional depois do conturbado governo de Hermes da Fonseca. Em seu governo ocorrem os chamados "3 G": A Grande Guerra, (como se chamava, na época, a Primeira Guerra Mundial), a Gripe Espanhola, e as Greves de 1917.
Promulgou o primeiro Código Civil brasileiro, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1916 e que foi a primeira lei a grafar o nome Brasil com a letra S.
O torpedeamento de navios brasileiros, em 26 de outubro de 1917, por submarinos alemães, levou o Brasil a entrar na Primeira Guerra Mundial. Tendo a participação do país no conflito se resumido ao envio de uma esquadra naval para colaborar na guerra anti-submarina, e uma missão militar à frente ocidental, em 1918.
Devido às dificuldades em importar produtos manufaturados da Europa durante o seu mandato, causadas pela guerra, Venceslau Brás incentivou a industrialização nacional, porém de forma inadequada, já que o país ainda era essencialmente agrícola, e o governo necessitava de armamentos bélicos que requeriam uma indústria mais sofisticada que a do Brasil de 1914.
Mais de 1500 pessoas morreram de Gripe Espanhola em seus últimos anos como presidente da República. Seu mandato terminou em 15 de novembro de 1918, quando o advogado e republicano mineiro Delfim Moreira assumiu o cargo sem um vice-presidente.
Ministérios e Ministros
1
Agricultura, Indústria e Comércio
Pandiá Calógeras
José Rufino Bezerra Cavalcanti
Carlos Maximiliano Pereira dos Santos
João Gonçalves Pereira Lima
2
Fazenda
Sabino Barroso
Pandiá Calógeras
Augusto Tavares de Lira
Antônio Carlos Ribeiro de Andrada
3
Guerra
José Caetano de Faria
Carlos Eugênio de Andrade Guimarães
José Bernardino Bormann
4
Justiça e Negócios interiores
Carlos Maximiliano Pereira dos Santos
Augusto Tavares de Lira
5
Marinha
Alexandrino Faria de Alencar
6
Relações Exteriores
Lauro Müller
Luís Martins de Sousa Dantas
Nilo Peçanha
7
Viação e Obras públicas
Augusto Tavares de Lira
Vida Após a Presidência e Homenagens
Morreu em 15 de maio de 1966, em Itajubá, com 98 anos, sendo o mais longevo de todos os presidentes e vice-presidentes brasileiros.
Foi o político que permaneceu mais tempo na condição de ex-presidente e ex-vice-presidente da República, morrendo exatos 47 anos e 6 meses depois de deixar a Presidência e 51 anos e 6 meses depois de deixar a Vice-presidência.
É homenageado por meio de quatro cidades, duas em Minas Gerais, Wenceslau Brás e Brasópolis, outra no Paraná, Wenceslau Brás, e outra em São Paulo, Presidente Venceslau.



(Origem: Wikipédia: Venceslau Brás )

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