terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A Junta Governativa Provisória de 1930


Também conhecida como Primeira Junta Militar ou Junta Pacificadora, foi um triunvirato governamental militar que governou o Brasil de 24 de outubro de 1930 a 3 de novembro de 1930, pela eclosão da Revolução de 1930, ocorrida quando da deposição do Presidente Washington Luís e do impedimento do candidato eleito, Júlio Prestes, de assumir a Presidência da República.
Fora composta por:
Augusto Tasso Fragoso:
Mais conhecido por Tasso Fragoso, nasceu em São Luís, Maranhão, em 28 de agosto de 1869 e faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de setembro de 1945. Foi um militar e escritor brasileiro e chefe da Junta Governativa Provisória de 1930, que assumiu o governo do Brasil em 24 de outubro de 1930 entregou o Governo a Getúlio Vargas, em 3 de novembro de 1930. Ele também é primo do Presidente da República PortuguesaAntónio Óscar de Fragoso Carmona.
José Isaías de Noronha:
Nasceu no Rio de Janeiro, em 6 de julho de 1874 e faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1963. Foi um militar da Marinha do Brasil.
Filho do general-de-divisão Manuel Muniz de Noronha e de Zulmira Augusta Aguiar, era sobrinho de Júlio César de Noronha, ministro da Marinha de 1902 a 1906, e primo de Sílvio de Noronha, ministro da Marinha de 1946 a 1951.
Tendo o posto de almirante, foi integrante da Junta governativa assumiu o governo do Brasil de 24 de outubro a 3 de novembro de 1930.
João de Deus Mena Barreto:
Nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1874 e faleceu no Rio de Janeiro, 25 de março de 1933), general e político brasileiro, foi um dos líderes da junta governativa. Era o único filho do sexo masculino dentre quatro filhos do casal, José Luís Mena Barreto, membro duma tradicional família brasileira do Rio Grande do Sul, cuja árvore genealógica conta com uma respeitável ascendência nas altas patentes militares: os Mena Barreto e de Rita de Cássia de Oliveira Mello, também de uma tradicional família brasileira do Rio Grande do Sul, detentores de extensas estâncias na região fronteiriça do estado: os Oliveira Melo. Aos cinco anos de idade perdeu o pai, e em 1890, quando completou 16 anos, iniciou sua carreira militar. Cursou a Escola Militar em Porto Alegre, até 1893. Saindo da escola, até 1895, combateu a Revolução Federalista. Ingressou, em 1898, na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
No mesmo ano que foi promovido a tenente, se casou em 8 de dezembro de 1900, no Rio de Janeiro, com Ernestina Estela de Noronha (filha de Francisco Henrique de Noronha e de Ana Eulália da Câmara Soares), com quem teve três filhos: Waldemar, João de Deus e Paulo Emílio.
Em 1911, promovido a major, tornou-se adjunto de seu tio, o ministro da Guerra, marechal Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto.
Em 1915, foi promovido a tenente-coronel e designado comandante do 4º Regimento de Infantaria, em Curitiba. Ao ser promovido coronel, em 1918, foi designado comandante do 3º Regimento de Infantaria, no Rio de Janeiro, onde permaneceu por três anos.
Na década de 1920 destacou-se no comando de tropas incumbidas de deter o avanço dos revoltosos contra o governo federal. Era comandante da 2ª Brigada de Infantaria, em 1922, quando participou da repressão ao levante do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, no início do movimento tenentista. Em 1924, no comando do Destacamento Norte, formado por contingentes do Exército e da Marinha, combateu nova rebelião de jovens oficiais contra o governo, em Manaus, ocasião em que recebeu o título de Pacificador da Amazônia. No mesmo ano assumiu o comando da 1ª Região Militar, onde ficou até 1926, quando foi nomeado inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares e também foi eleito presidente do Clube Militar.
Por sugestão sua, passou a ser comemorado a partir de 1925 o Dia do Soldado, em 25 de agosto.
Seu período de governo (junta governativa) foi de 24 de outubro a 3 de novembro de 1930, junto com Isaías de Noronha e Augusto Tasso Fragoso, quando então entregaram a presidência da República dos Estados Unidos do Brasil a Getúlio Vargas, líder da Revolução de 1930. Foi convidado por Osvaldo Aranha para ocupar o ministério da Guerra do Governo Provisório de Getúlio Vargas, mas não aceitou.
Foi ainda nomeado interventor federal no estado do Rio de Janeiro de 30 de maio a 4 de novembro de 1931 e depois, foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar, por decreto de 7 de novembro do mesmo ano, tendo falecido no exercício deste cargo, no posto de general de brigada, promovido, após a morte, ao posto de general de divisão
Mesmo sendo curto o período, a junta organizou um novo ministério, do qual faziam parte, entre outros, o general José Fernandes Leite de Castro, (Ministério da Guerra), Isaías de Noronha, (Ministério da Marinha) e Afrânio de Melo Franco, (Ministério das Relações Exteriores). Com a situação na capital sob controle, a junta enviou o primeiro de uma série de telegramas a Getúlio Vargas, propondo a suspensão total das hostilidades em todo o país.


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