sexta-feira, 17 de agosto de 2012

OS BENEFÍCIOS DA AUSENCIA DO MEDO


Vimos no texto, JESUS: O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA, compilado da Bíblia Cristã e postado neste blog, a insistência de Jesus em nos exortar a vivermos sem preocupações e sem medo, isso porque as preocupações exageradas geram medo e o medo gera outros medos que se transformam em fobias e pânicos que, por suas vezes, transformam a vida do cidadão em um verdadeiro inferno na terra.

O homem não foi criado com medo nem para ter medo, mas o medo se desenvolveu nele a partir de seus instintos naturais de perseguir seu sustento e se proteger de outros perseguidores de seus sustentos, quer outros povos ou animais, alem de se proteger dos fenômenos naturais da terra e suas intempéries.

Desse instinto natural de se proteger surgiram a cautela e a precaução e, de ambas, a prudência, por enquanto, apenas uma atitude cuidadosa de agir durante a vigência de um perigo, todavia, do excesso de prudência surgiu a preocupação, ou seja, a inquietação antes do surgimento de um perigo real, surgindo assim o medo, que é a inquietação de se sentir imaginariamente impotente ante um imaginário perigo. Surgindo daí as ampliações do medo que são o temor,  o pavor, o terror, o pânico, etc., e o desconforto de se conviver com esses sentimentos que destorcem a clareza da visão de seus valores reais que é a interação da criatura com a criação para que se tenha como retorno os sentimentos nobres de inteligência, amor, compreensão, etc.
Por isso que Jesus veio nos ensinar a clareza da visão e de se ter a alma que a veja clara, que é uma alma liberta de todos os medos. Por isso Ele nos solicita que vivamos sem preocupações exageradas e sem medo. Não fugindo dos embates da vida, mas enfrentando-os, com disposição e coragem, aplicando,assim,  as soluções cabíveis a cada caso.

Com a vênia do mestre budista Chögyam Trungpa, transcreveremos parte de seu texto que nos ensina a viver suave e serenamente após reconhecer e suplantar todos os temores que nos perseguem:
“Para viver a ausência do medo, é preciso viver o medo. A essência da covardia é não reconhecer a realidade do medo. O medo pode assumir muitas formas. De fato, sabemos que não podemos viver para sempre. Sabemos que vamos morrer, por isso temos medo. Ficamos petrificados com a morte. Em outro nível, ficamos com medo de não conseguir fazer frente às exigências que o mundo nos faz. Esse medo se manifesta como um sentimento de inadequação. Sentimos que a carga da nossa existência é muito pesada e ao nos confrontarmos com o resto do mundo ela parece mais pesada ainda. Então há um medo inesperado, ou pânico, que surge quando novas situações acontecem de repente em nossas vidas. Quando sentimos que não podemos lidar com elas, damos um pulo ou nos contraímos. Às vezes o medo se manifesta como uma inquietação: rabiscamos numa folha de papel, brincamos com os dedos, nos mexemos impacientemente na cadeira. Sentimos que temos que nos movimentar o tempo todo, como os componentes do motor de um carro. Os pistões sobem e descem, sobem e descem. Enquanto estão se movendo, nos sentimos seguros, mas por outro lado temos medo de morrer enquanto os pistões se mexem.

São inúmeras as estratégias que costumamos usar para esquecer o medo. Algumas pessoas tomam tranqüilizantes, outras fazem ioga. Algumas pessoas assistem à televisão, ou lêem uma revista ou vão ao bar e tomam uma cerveja. Do ponto de vista do covarde, o tédio deveria ser evitado, por que quando estamos entediados começamos a ficar ansiosos. Estamos mais perto do medo. A diversão deveria ser estimulada e qualquer pensamento sobre a morte evitado. Então a covardia está tentando viver nossas vidas como se a morte não existisse. Houve períodos na história em que muitas pessoas procuraram a poção da longa vida. Se tal coisa existisse, as pessoas a achariam horrível. Se tivessem que viver neste mundo por milhares de anos sem morrer, provavelmente iriam se suicidar muito antes de completar o seu milésimo aniversário. Mesmo se você pudesse viver para sempre, seria incapaz de evitar a realidade da morte e do sofrimento ao seu redor.

É preciso admitir que o medo existe. Temos de perceber o medo e nos reconciliarmos com ele. Devemos observar como nos movemos, como conversamos, como nos comportamos, como roemos as unhas, como, às vezes, colocamos nossas mãos nos bolsos sem necessidade. Então descobriremos como o medo pode ser manifestado na forma de inquietação. Devemos enfrentar o fato de que o medo ronda nossa vida, sempre, em tudo o que fazemos.

Por outro lado, admitir o medo não é motivo para a depressão ou desencorajamento.
Se temos esse medo, temos também capacidade de sentir a ausência do medo.
A verdadeira ausência do medo não é a supressão do medo, mas sim o ato de ir além dele, superá-lo.
Essa superação começa pelo exame do nosso medo: nossa ansiedade, nervosismo, preocupação, e inquietação. Se olharmos para nosso medo, se olharmos por baixo da sua aparência, a primeira coisa que encontramos é tristeza, mais que o nervosismo. O nervosismo está rodando como uma manivela, vibrando, o tempo todo.
Quando diminuímos a velocidade, quando relaxamos em relação ao medo, encontramos a tristeza, que é calma e gentil. A tristeza machuca você no coração, e o seu corpo produz uma lágrima.
Antes de chorar, há um sentimento em seu peito, e, depois disso, você produz lágrimas em seus olhos. Você está a ponto de criar a chuva ou uma cachoeira em seus olhos e você se sente triste e sozinho e, talvez, romântico ao mesmo tempo.

Este é o primeiro indício da ausência do medo, o primeiro sinal da verdadeira atividade do guerreiro.
Você pode pensar que, quando sentir a ausência do medo, você ouvirá a abertura da Quinta Sinfonia de Beethoven, ou verá uma grande explosão no céu, mas não é assim que acontece. Na tradição de Shambhala, para descobrir a ausência do medo, é preciso trabalhar com a suavidade do coração.

O nascimento do guerreiro é como o nascimento dos primeiros chifres de uma rena. A princípio, os chifres são muito suaves e com uma consistência semelhante a da borracha, e exibem alguns fios de cabelo em sua superfície. Ainda não são propriamente chifres. Então, à medida que a rena cresce, os chifres se fortalecem, se desenvolvem. A ausência do medo, no começo, é como aqueles chifres ainda por se formar. Eles se parecem com chifres, mas você não pode lutar muito bem com eles. Quando os primeiros chifres de uma rena crescem, ela não sabe o que fazer com eles. A rena se sente desajeitada de ter aquelas coisas moles e granulosas na cabeça. Mas então começa a perceber que ela deve ter chifres: aqueles chifres algo natural de uma rena. Da mesma forma, quando um ser humano começa a abrir seu coração para buscar a superação do medo, ele pode se sentir extremamente desajeitado e cheio de dúvidas sobre como se relacionar com esse tipo de ausência do medo. Mas, então, à medida que sente cada vez mais essa tristeza, você percebe que seres humanos precisam ser ternos e francos. Então não precisa mais se sentir tímido ou embaraçado em ser gentil. De fato, sua suavidade começa a se tornar envolvente. Você vai querer se abrir para as pessoas e se comunicar com elas.

Quando a ternura evolui nessa direção, você finalmente tem condições de apreciar o mundo ao seu redor. A sua percepção das coisas se torna algo muito interessante.
Você já está tão terno e receptivo que não pode deixar de se abrir ao que acontece ao seu redor. Quando você vê o vermelho, o verde, o amarelo ou o preto, você reage a essas cores do fundo do seu coração. Quando vê alguém chorando ou rindo, ou assustado, você também responde da mesma forma. Nesse ponto, seu nível inicial de ausência do medo está se desenvolvendo. Quando você começa a sentir-se confortável sendo uma pessoa gentil e decente, seus chifres de rena começam a se tornar chifres verdadeiros.
As situações se tornam muito reais, bem reais, e por outro lado, bem comuns. O medo se transforma em ausência de medo de uma forma natural, muito simples, e bem direta”.


Vemos neste belíssimo texto budista que viver a ausência do medo não é se revestir de coragem para enfrentar o adversário a ferro e a fogo. Não. Isso não seria a ausência do medo e sim, outra forma de medo. A ausência do medo é você superar os seus medos, passar por cima deles, tranquilamente, através de uma força indômita decidida por você mesmo de assim faze-lo e, a partir dai, sentir que as coisas que esperam de você uma ação estão a seu serviço e não você a serviço delas e que você interage com o sistema como um membro pertencente ao sistema e não por ele pertencido.
Portanto, faça como Jesus, o Divino Mestre, nos ensinou, viva sem preocupações e sem temores e tenha paz. Não a falsa paz que o mundo oferece através de sexo, bebidas, drogas e outras substancias lícitas e ilícitas que levam a morte, mas a paz de Cristo: : “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

JESUS: O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA


Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, veio habitar entre nós para nos libertar dos males mundanos que nos oprimem: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:1 e 14).

Ele não veio para se aliar a nenhuma religião e nem para criar religiões. Ele veio para nos dizer que Ele é o caminho. O único caminho que leva o homem a Deus: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6). E esse caminho não é uma religião. São as Boas Novas de Cristo, traduzidas, simplesmente, como um modo de vida. Um novo modo de vida que liberta o homem das opressões mundanas que sufocam, dominam moralmente, suplantam o ego e estimulam a queda da autoestima.

Jesus nos exaltou valores que não sabíamos que tínhamos. Os nossos valores espirituais. E nos trouxe uma proposta inédita. Uma proposta de vida eterna. Proposta dantes jamais oferecida, quer por religião, sacerdotes, sumo sacerdotes ou profetas, mas Jesus nos deu essa garantia: “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. (João 6:68). E Pedro assim respondeu porque o Próprio Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna”.  (João 6:47).

E a vida eterna não será privilégio de alguns, mas de todos que estejam dispostos a cumprir os ensinamentos proferidos por Jesus nos evangelhos da Bíblia, especialmente os proferidos no sermão da montanha: “E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério. Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao SENHOR. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna. Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? - Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. (Mateus 5:1ao48).

Proferido o sermão da montanha, Jesus nos exortou a não vivermos ansiosos e  preocupados em como suprir as nossas necessidades, pois Deus nos suprirá de tudo que necessitamos: “Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”. (Mateus 6: 24ao34).

E Jesus ainda nos ensinou como devemos dar esmolas e como devemos orar: “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente. E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas’. (Mateus 6:2 ao15).
Concluídos esses ensinamentos, Jesus anunciou os mandamentos que resumem toda a lei e os profetas: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. (Mateus 22:37ao40).

E para que estejamos dignos de receber sempre as graças de Deus, é necessário que tenhamos um coração puro e hombridade em nossas atitudes: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem. Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. (Mateus 7:1ao20).

Ao final dos ensinamentos, que foram muito mais dos que estão aqui relatados, Ele partiu para nos preparar lugar na morada de Deus, mas nos deixou a Sua paz e mais um vez nos exortou a vivermos com coragem e sem preocupações: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27)
É assim que Jesus quer que vivamos e é assim que devemos viver: com amor, com coragem e sem preocupações.