domingo, 24 de março de 2024

OS DE FORA DAS BOLHAS

Àqueles que optam pelo lado de fora das bolhas que se criam dentro das camadas sociais, lucram pelo desapego a partidos políticos, influência de líderes e mitos que se formam dentro dessas bolhas e nelas atuam, fazendo de seus circunstantes verdadeiros subordinados. Essas bolhas são aversas aos princípios morais básicos da vida e ao desenvolvimento intelectual obtido pelos estudos e pesquisas e ao autodesenvolvimento moral obtido pelo trabalho honesto, estima pessoal, responsabilidade, respeito, altruísmo e justiça. Os de fora das bolhas estão atentos às transformações positivas da vida, através do desenvolvimento técnico-científico que move o planeta e unifica cada vez mais a comunicação eletrônica entre os homens, aproximando-os uns dos outros e não isolando-os e distanciando-os da realidade como querem os de dentro das bolhas. Mas, enquanto houver o desnivelamento intelectivo entre os humanos, existirá o grande perigo em se unificar a comunicação entre todos os seres humanos do planeta, porque esse desnivelamento intelectual acarretará num grande plantel de interpretação dos fatos e essas interpretações farão dos fatos notícias importantes e verdadeiras e notícias fantasiosas, fictícias e falsas, com o poder de veicularem com muito mais velocidade do que os fatos verdadeiros, porque os não sapientes representam uma parcela muito maior do que os que seguem “Ipsis verbis e ipsis litteris” a explosão da comunicação mundial. Além dos maliciosos, (e milicianos), que se utilizam dessa massa bruta como mula que transporta seu produto falso de comunicação para um público similar mais distante. Norbert Wiener definiu a comunicação mundial em massa, (a cibernética), em 1948 como "o estudo científico do controle e comunicação do animal na máquina". Em outras palavras, é o estudo científico de como humanos, animais e máquinas interagem-se e se comunicam. Mas essa comunicação é benéfica, quando utilizada com princípios morais, e, naturalmente, por intelectos igualmente morais. Enquanto não, fica valendo a previsão do físico alemão Albert Einstein que disse: “Temo o dia em que a tecnologia irá superar a nossa interação humana. O mundo irá ter uma geração de idiotas” Por enquanto, nada é muito diferente disso. Vemos um número enorme de pessoas dessa geração de máquinas de comunicação nas mãos literalmente idiotizadas pelo seu uso excessivo e, totalmente, desconectadas do mundo e de sua realidade, sem se dá conta que esse mesmo aparelhinho poderá ser usado para fins bem mais abrangentes do que somente veicular informações falsas e desnecessárias. Todos nós nos lembramos quando um grupo de jovens brasileiros do estado de São Paulo, em junho de 2013, resolveu convocar pessoas para promoverem uma manifestação na Av. Paulista e ruas circunvizinhas, protestando contra um aumento na tarifa do transporte público. Duas mil pessoas foram convidadas pelas redes sociais, pelo grupo base. Mas o comparecimento foi surpreendente. Mais de sessenta e cinco mil pessoas compareceram ao ato, significando que cada pessoa convidada convidou mais de trinta e duas pessoas. Esse fenômeno da comunicação cibernética foi o despertar de sua força e poder de manipulação de massas. Mas, infelizmente, os sérios políticos da velha guarda não se valeram da pedagogia explicitada e não a adotaram para o bem, achando que seus velhos discursos, muitos ainda bem verdadeiros, ainda iriam prevalecer na opinião pública. Mas todos estavam confundidos. Aquele era um momento para a reflexão. Para uma análise da nova força que moveria as massas e dá uma repaginada nos seus “modus operandi” de comunicação para não permitir que a “nova onda” não fosse contaminada pelo mau e a ele se aliasse. Não deu outra. Quem utilizou primeiro se deu bem em implantar o seu mau e se sentar nas cadeiras dos governantes e fazer nelas o que se fazem nas bacias sanitárias.